segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Capitulo II - Do nascimento

Uma criança chora, seu primeiro dia na terra e a primeira coisa que ela faz é chorar, parece até que ela já faz ideia de que a espera neste mundo. Todos parecem felizes, oras uma vida nasceu, é momento de comemorar, de certa forma até passa aquela sensação de ser desejada, que não foi um erro de percurso.
Posso até ver uns dias atrás, ela desolada, muito jovem, perdida em emoções e crenças. Ela foi abandonada grávida por seu amor, ou pelo menos era nisso que ela acreditava –  não o culpo também é jovem e seu medo o fez fugir, coisa que ela também teria feito se não o tivesse carregando – como se não fosse pouco, aquilo que ela precisa foi o tomado. Pais, quem vão os compreender neste momento, ver a filha grávida antes mesmo de terminar a escola, ambos sabem que é um momento difícil esse por aquele que sua filha está passando, que todo apoio pra ela agora é pouco, que não mais brincadeira de menina o que acontece na vida dela, mas nada disso mudo o fato de que ela errou, e com toda sensibilidade de pessoas mais maduras que eles tem, a julgam e a culpam de seu ato.
O fardo que já não era mais pequeno, já com 5 meses, ela se sente mal, já não basta aquilo que chamava de vida não ser mais a mesma, seu corpo não era mais aquele que ela se recordara, esta desforme, se sente cansada, seu corpo já não aguenta, sua mente já abatida, espera o pior da vida. Em casa, não se sente mais viva, sua mãe sabendo o que passa, procura sem passar a mão na cabeça de sua (uma vez inocente filha) ajuda-la, a recuperando e mostrando que agora momentos tão felizes quão turbulentos estão por vir, teu pai sem ainda entender o que aconteceu vê uma situação diferente, não consegue acreditar que aquela que faz presença na sua casa é de verdade sua filha, ainda espera o retorna dela que um dia saiu pra brincar e nunca mais voltou, por isso como faria a qualquer estranha, muitas vezes a ignora ou até mesmo a julga sem considerar os laços reais.
Tudo aquilo que ela acreditava não existe mais, sua família hoje não lhe oferece aquele aconchego, suas amizades, saídas deixaram-na no mesmo momento em que engravidou, não por mal, mas por não poder mais ser a mesma que era antes desse fato. Os sonhos que tinha de infância, agora são lembranças doces de uma garota feliz. Seu mundo colorido agora se torna triste.
Sim, sim até agora só escrevi coisas tristes na vida dela. Mas o que você queria que eu fizesse? Foi isso que ela me demonstra até agora... Mas nem tudo são lágrimas e arrependimentos.
Parece que tudo muda quando muda o modo de ver as coisas. Aquela menina que via seu filho como uma maldição, solta um sorriso de satisfação quando sente o primeiro chute de seu filho. Ri de alegria ouvindo as histórias de sua mãe que passou por muita coisa, e que também passaria pelas mesmas felicidades pra criar seu filho. Chora de felicidade com o pedido de perdão seguido de casamento de seu amor, que se arrependeu de sua molequice e agora está pronto para assumir sua maturidade e criar sua família.
Agora sim todos reunidos em casa esperando alegremente a chegado do novo membro da família que vai chegar. A mãe que agora é uma vó esperando o nascimento de seu primeiro neto para poder bajula-lo e estraga-lo como seu principal dever, o pai que agora é o avô, não vê mais uma estranha em sua casa, mas sim o esforçado amadurecimento de sua filha que agora é uma mulher que lhe deu orgulho e um neto.

Felizes agora por vão se tornar uma nova família, que sofrerão, alegrarão e viveram este novo momento, pois está é vida deles agora.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Capítulo I - O que quero dizer

Antes de mais nada, não sou esse herói que você esta pensando agora, não fiz nada que se possa dizer que é um ato de vitória ou desapego de vida. Sou mais como você, alguém que procura resolver os problemas, que se preocupa com o cotidianismo, com o trabalho, com aqueles que me cercam.
Mas o que então que fiz que me da o direito de estar escrevendo essas palavras? Não tenho certeza ainda mas espero que seja algo grandioso, que seja lembrado pelos tempos que viram, ou que pelo menos sejam lidos por alguém. De modo a não perder informações nas memórias quero escrever pelo menos um pouco do que penso fiz e faço para estar aqui, não sei estou a descrever a minha vida ou a vida de alguém, ou de várias pessoas que vivem junta a mim já que sou espectador de suas vidas.
Sim, sim de certa forma acredito que vejo a vida como um espectador, analiso não só cada atitude minha - me faço metódico - mas também analiso cada ação das pessoas. Não me julgue, pois não o julgo, sim disse que a analiso cada ação que você faz, mas compreenda, não é pra te julgar, pra poder aprender e quem sabe prever cada momento que está a por vir. Preciso disso, dominar toda informação pertinente e presente no momento, no pensamento, na atitude, pois assim consigo ver o mundo com vários olhos - algumas vezes com o meu mesmo - consigo em uma só passagem de terra ver vários céus, alguns escuros outros claros, alguns azuis, outros nem tanto.
Quer ouvir uma alta descrição? Acho difícil isso acontecer, não por medo, não por me sentir mal, mas veja quer melhor descrição de mim mesmo que tentar fazer ideia de como vejo o mundo, até melhor ver como eu te vejo em meu mundo, como eu vejo seu mundo.
Não usarei de palavras diretas, nem de tipos de redação já descritos e presos a regras. Não darei garantia de que serei eu que estou escrevendo, nem que usarei de referências reais, sim em meu mundo nada é verdadeiramente real, muitas vezes ideal já me basta.
Muita do escreverei pode estar sem nexo, pois meu pensamento muito dificilmente é cientifico - sempre lógico - mas muitos mais filosófico. Algumas vezes faço por gosto ( tenho esse meu defeito de gostar de confundir, fazer os outro confusos em suas próprias palavras ) sabe ter certeza de tudo, pra mim é um erro, sempre existem várias possibilidades, que dependem e independem de nós. ser metódico não me livra de cometer erros, mas me previne de estar errado - não faz sentido não é - quando você comete um deslize, sem perceber, você nunca encontrará culpa nisso, por que não sabe exatamente o que fez, mas saber que o que fez está errado, sempre estará pronto para as consequências ( não digo de que maneira, tem pessoas que seguem caminhos diferentes ). 
Então antes de mais nada, pra aqueles que tiverem ânimos pra ler essa história, quero que saiba que não vou mentir, posso não condizer com a realidade, pois nada mais é real pra mim, mas que vou te fazer pensar eu vou....